sexta-feira, 14 de maio de 2010

Chris Burden

Artista norte-americano, Chris Burden nasceu em 1946, em Boston, nos Estados Unidos da América. Estudou arquitetura no Pomona College de Clairmont, freqüentando depois a Universidade da Califórnia. A partir dos anos 70, desenvolveu uma série de ações nas quais utilizou o próprio corpo como material de trabalho e de comunicação, assumindo-se como um dos protagonistas do movimento da Body Art nos Estados Unidos. A sua primeira apresentação pública data de 1971. Nas suas performances, era evidente a tendência para as ações mais extremas e radicais (quase suicidárias), através das quais procurava questionar algumas práticas sociais e tabus ligados à cultura contemporânea e, simultaneamente, colocar em causa a função da arte e a responsabilidade ética do artista. Nestas ações, Chris Burden sujeitou-se freqüentemente a certo número de situações de grande violência e impacto sobre o próprio corpo, como forma a provocar reações na audiência e de abordar alguns medos e tabus íntimos, de caráter individual ou coletivo. Noutros projetos conceituais, desenvolvidos na década de 80, Burden abordou a problemática da comunicação de massas através da utilização da rádio ou da televisão. Estas propostas assumem-se menos radicais e violentas e dispensam muitas vezes o uso do próprio corpo enquanto veículo de expressão. Permitem-lhe também introduzir no seu trabalho temáticas ligadas a questões políticas e sociais como, por exemplo, a Guerra Fria e a ecologia. Algumas de suas obras:

Medusa's Head - 1989-1992
Uma esfera de cinco toneladas de rocha e concreto, medindo 14 metros de diâmetro, paira a 2 metros acima do piso na entrada de outra maneira vazio principal do Museu de Brooklyn, o seu único apoio uma grossa corrente no teto. A escultura sugere o remanescente de um violento choque interplanetário. Ao invés de cobras, esta Medusa possui brotos metros de ferrovia que se cruzavam na superfície devastada com grande complexidade.









Samson - 1985



Samson consiste em um macaco mecânico de 100 toneladas conectado a um sistema de transmissão e uma catraca. O macaco pressiona duas grandes vigas apoiadas contra as paredes da galeria. Para entrar no espaço expositivo, o visitante deve passar pela catraca e esta, a cada passagem, aciona quase imperceptivelmente o macaco. No limite, se o número de visitantes for grande o suficiente, Samson poderá, teoricamente, destruir o edifício.
Esta obra atualmente encontra-se no Inhotim e ao visita-la confesso que fiquei decepcionado com seu estado atual. Era uma obra que possuía grande crítica contra o Museu enquanto instituição e obrigava os espectadores a compactuar com este objetivo para satisfazer sua curiosidade. Como em diversas obras de Burden, que ele assumia papel quase suicida, nessa obra "teoricamente", o público também torna-se suícida, sob o risco de que o museu realmente seja destruído pelo giro da catraca. Nesse sentido, a obra perdeu toda a sua grandeza conceitual e tornou-se um objeto estático e sem sentido algum.








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