Neste projeto ele coloca uma parede com sete portas no meio da passarela, dividindo o ambiente em dois mas permitindo ver o outro lado por estas portas . Essa parede recria sua identidade por ser utilizada para projetar uma sequência de 12 imagens diferentes. Mesmo que faça uso de elementos figurativos nessas projeções, recriando ambientes ora clássicos ora abandonados, entre outros, ela cria um ambiente caracterizado por camadas, que ganha uma dimensão de movimentos maior ainda no momento do evento, onde se tem o público, os modelos, a parede, os modelos e o público novamente. Dessa forma, a parede disposta no meio do ambiente (um obstáculo) é usada como forma de expandir a dimensão do espaço físico. O obstáculo para remover obstáculos. A parede, que limita, é usada para romper limites.
A exemplo disso na arquitetura, tem-se a capela de Ronchanp de Le Corbusier, onde ele faz uso de uma parede grande e imponente para "abrir" o ambiente, num intenso jogo de luz e sombra.
