quinta-feira, 18 de março de 2010

Panorama


Entre o saudosismo e o abandono

"Minha vida é esta:

Subir Bahia e descer Floresta".

Ilustrada com a memorável frase do cronista mineiro Rômulo Paes, a praça que se localiza entre rua da Bahia e Guajajaras encontra-se em situação de abandono e descaso.

Mesmo esquecida por quem sobe Bahia e por quem desce Floresta causa saudosismo em quem se lembra do tempo em que a praça era bem frequentada.
Mesmo localizada em região cujo fluxo de pessoas é muito grande, o monumento quase camufla em meio à paisagem urbana de Belo Horizonte.

O monumento localizado no centro da praça, com sua textura enferrujada, proposital ou não, alude ao abandono e esquecimento.

PARAGRÁFO

Ao subir a Rua da Bahia, percebo uma placa, uma frase e uma senhora. Tudo isso em meio a curvas de concreto. Pergunto-me o que pensa aquela senhora, a observar tão fixamente uma placa que as pessoas ignoram. Ao fundo, muitas pessoas passam mais perto um casal se beija. Pouco importa o que está em volta, pouco importa. Os transeuntes estão tão imersos na sua rotina sagrada e em seus problemas maiores que os dos outros que são incapazes de perceber a textura do chão onde pisam, a expressão da moça na janela do décimo andar ou simplesmente uma casa antiga que destoa entre prédios. Uma senhora que se localizava bem em frente à placa lembrou-se do tempo em que a praça era bem frequentada e tranqüila, diferente do estado no qual ela se encontra hoje.Desde então, sempre que subo ou desço a Rua da Bahia tento imaginar o apogeu daquela praça, um tempo em que ela era local de conversar, de encontrar amigos, ..., um local social, como qualquer praça.

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